quinta-feira, 1 de abril de 2010

Jornal da Record revela as divisões do mundo do crime no Rio de Janeiro

Na noite da próxima segunda-feira, dia 05/04, às 20h10, o telejornal apresentado por Ana Paula Padrão e Celso Freitas inicia a apresentação da nova série de reportagens especiais: "separados pelo crime."

Ao longo de seis meses de investigação, o repórter Vinícius Dônola levantou histórias, gravou dezenas de entrevistas, ouviu autoridades e flagrou o medo de uma população acuada.

"Nem nós, acostumados à cobertura policial nas áreas de risco, tínhamos noção das fraturas abertas nas comunidades dominadas pelo tráfico", revelou Dônola.

A nova série de reportagens especiais do Jornal da Record, que vai ao ar até o próximo sábado, dia 10/04, revela que as divisões do mundo do crime no Rio de Janeiro racharam parte da sociedade e alteram a realidade das pessoas comuns, sobretudo, as mais simples e vulneráveis às ações dos traficantes.

Dônola mostra o drama das famílias que não se encontram em suas próprias casas e perderam o direito de receber e visitar seus parentes. Pessoas comuns tentam manter laços separados pelas fronteiras do tráfico. A equipe de reportagem conseguiu proporcionar um encontro de sombras: parentes que não se veem há muitos anos se reencontram lugar neutro e público do Rio de Janeiro.

"Íamos gravar o encontro de uma família partida. Zona oeste do Rio. A casa, até então, era considerada território neutro. Ali, iriam se encontrar partes da família que moram em regiões dominadas por três diferentes bandos. Um dia antes da gravação, um comando criminoso invadiu o até então território neutro. Impôs o toque de recolher. Não mais conseguimos falar com os entrevistados. Nem por telefone", disse Vinícius Dônola.

A série exibe ainda a relação entre a educação infantil e as facções. Gravada em uma micro-camêra, a matéria apresenta a declaração de uma diretora de escola pública carioca. Ela aconselha um produtor da emissora a não matricular o filho por causa dessa divisão. A reportagem especial revela também que muitas crianças crescem sob influência direta dos códigos e signos da divisão do crime.

O repórter Vinícius Dônola conversou com professores e mostra escolas que vivem, dentro da sala de aula e dos corredores, as consequências da guerra externa, que contamina crianças e adolescentes.

"Separados pelo crime" mostra também a situação das prisões. A massa humana que não se mistura. A equipe da Record descobriu um muro gigantesco dentro da carceragem da Polinter que foi erguido para separar os presos de duas facções rivais.


Vinícius Dônola apresenta a divisão dos mortos e revela que até os cemitérios no Rio de Janeiro são controlados. "Vamos mostrar a história de um pai que enterrou o filho debaixo de tiros. As famílias não têm sossego nem na hora do sepultamento" disse.

A série especial também mostra a situação das emergências nos hospitais cariocas e exibe uma forma de atendimento que prioriza o bandido que chega ferido depois de um confronto com a polícia. A lógica do hospital faz sentido. Quanto menos tempo o criminoso ferido ficar, menor o risco de violência dentro da unidade.

"Talvez, tenha sido o maior e mais demorado investimento em produção e execução de nossas vidas. Certamente, é o mais surpreendente para todos nós", revelou Dônola.

A nova série de reportagens especiais do Jornal da Record estreia na noite da próxima segunda-feira (05), às 20h10.

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