O que eu faço não é popularesco, diz Pitty no Provocações

Foto: Jair bertolucci/Tv Cultura

A roqueira fala como começou a carreira, a influência do pai e como usou o rock n’ roll como válvula de escape na época em que a Axé Music estourou na Bahia

Ela nasceu em Salvador, mas foi criada em Porto Seguro. Seu pai, músico e dono de bar, tocou muito rock dos anos 1960 e 1970, por isso foi acostumada desde cedo com as bandas baianas de rock independente. Ela seguiu o gosto musical do pai e hoje, aos 32 anos, é uma das roqueiras mais influentes no Brasil. Ela é Priscilla Leone, conhecida pelo público como Pitty, e estará nesta sexta-feira (16/4), às 22h, no Provocações, da Tv Cultura.

Pitty ficou com fama de ter tomado o lugar da paulista Rita Lee, e na Bahia passou a mandar na cena do rock. Hoje, ela mora em São Paulo e será provocada por Antônio Abujamra, mas já no início da entrevista deixa bem claro: “Eu sou bastante provocadora!” Ao ser questionada se o rock a deixou rica, a baiana responde: “O rock me possibilitou viver com dignidade.” Ela fala ainda sobre sua vida, o início de carreira, música, rock n’ roll e diz: “O que eu faço não é popularesco”.

A cantora declara que durante os anos 90, quando vivia na Bahia, houve um bombardeio da Axé Music e sua válvula de escape para fugir desse ritmo popular, que estava surgindo na época, foi o rock. “Eu encontrei no rock esse elemento e pensei: é por aqui que eu vou escapar. Foi literalmente a minha válvula de escape, de fato.”

Pitty sabe delimitar bem a diferença entre o sudeste e o nordeste em relação ao rock: “Os meios de comunicação no nordeste não dão espaço para ritmos alternativos como acontece por aqui”. Já sobre sua vida pessoal, a cantora relata que é muito vaidosa e que gosta de viver uma vida simples.

Para encerrar o programa, Abujamra lê texto do escritor francês Julien Green.