Manos e Minas está de volta na TV Cultura
Com Anelis Assumpção apresentando junto com Max B.O., a atração está repleta de novidades e estreia neste sábado, 27 de novembro, às 18h, na TV Cultura - Foto: Cleones Ribeiro/TV Cultura |
Único programa da televisão brasileira que aborda o lado positivo da periferia, o Manos e Minas está de volta à grade da TV Cultura. A partir de sábado, 27 de novembro, às 18h, o público terá a oportunidade de rever os b-boys, as b-girls, Erick Jay, Cris Gomes, Buzo, os grafiteiros e MCs, além do músico e apresentador Max B.O. – com seu carisma indiscutível – a todo vapor no palco do Teatro Franco Zampari, em São Paulo.
“Para mim está sendo tão emocionante como foi o convite da estreia. Mas, agora, principalmente pelas coisas novas do programa e com a minha mais nova companheira, a Anelis Assumpção, estou ansioso para que comece logo”, revela Max.
E é isso mesmo, o Manos e Minas ganhou mais uma apresentadora: a cantora e compositora Anelis Assumpção, que traz seu charme para o palco do programa, ao lado de B.O. . “É uma responsabilidade muito grande estar à frente desse programa. Vai ser o máximo e estou muito feliz”, declara a nova integrante da “família” – termo carinhosamente usado pela equipe.
Banda ao vivo
Outra grande novidade é a presença de uma banda residente no palco da atração. E para isso foi escolhido o ProjetoNave. O grupo teve início em 1997 e traz em suas influências o rap, funk, hardcore, folk e blues. Com uma pesada e distorcida guitarra elétrica, uma percussão forte, scratches nervosos, o ProjetoNave já passou por diversos festivais, inclusive vencendo o Skol Rock de 1999, onde tocou para mais de 30 mil pessoas. Com levadas como Alien Nação, Trinco dos Sonhos, Aviso, entre outras, a banda tem como integrantes Akilez (voz, mpc, escaleta e programações), Daniel Gralha (voz, trompete, fluguel horn e escaleta), Alex Dias (contrabaixo acústico e elétrico),
Marcopablo (guitarra), Flávio Lazzarin (bateria) e DJ B8 (toca discos e samplers).
Marcopablo (guitarra), Flávio Lazzarin (bateria) e DJ B8 (toca discos e samplers).
Cenário
O visual do programa também está renovado. As diversas telas espalhadas pelo palco foram grafitadas pelo grupo Opni (Objetos Pixadores Não Identificados), que surgiu em 1997 com 20 jovens da periferia de São Paulo, cujo objetivo era só fazer pixação. Hoje o trabalho deles é conhecido como graffiti art ou muralismo. Pintados a seis mãos, os painéis do novo cenário do Manos trazem a arte desses garotos, com desenhos que remetem à metrópole, periferia, becos, figuras do cotidiano, tudo numa pegada bem colorida, forte e marcante.
A plateia também está diferente. Agora o público pode ficar mais perto dos artistas, num espaço em frente do palco, e não mais sentados nas poltronas. Com isso, os jovens podem dançar e se movimentar bem mais à vontade.
Convidados
No programa de estreia, sobe ao palco do Manos um dos grandes nomes do rap nacional: Dexter. O rapper tem uma história de superação. Preso por assalto a mão armada, formou, junto com Afro-X, o grupo 509-E. O primeiro disco foi gravado dentro da prisão, em 2000. Depois que seu parceiro conseguiu a liberdade, eles se desentenderam e o grupo foi desfeito. Em 2005, lançou seu primeiro disco solo: Exilado sim, preso não, que contou com participações especiais de Mano Brown, dos Racionais MC's, MV Bill e GOG. Em regime semiaberto, Dexter sai pela manhã para trabalhar e volta à noite para dormir na prisão. E é nessa pegada que ele agita a plateia neste sábado.
Ainda na edição, no quadro A rua é nóiz, Emicida bate um papo com um dos pais do samba paulista, Jair Rodrigues. O cantor, que ajuda a escrever a história da música popular brasileira há várias décadas, tem como um de seus maiores sucessos a canção Deixa Isso Pra Lá, lançado há quase 50 anos. Dizem que a música é precursora do rap nacional; Cris Gomes faz uma matéria sobre o dia da Consciência Negra comparando as duas datas que marcam e luta pelo não racismo: o 20 de novembro e o 13 de maio.
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