Filme "Tropicália", com co-produção do canal Vh1, tem sua primeira exibição no Telluride Film Festival
O Telluride Film Festival acontece todos os anos em Colorado, E.U.A. O prestigioso evento apresenta durante quatro dias uma programação de novos filmes, exibidos ao mundo pela primeira vez. A 38ª edição do Festival, que acontece entre os festivais de Veneza e Toronto - de 2 a 5 de setembro - terá o artista Caetano Veloso, um dos principais ícones da Tropicália, como convidado especial.
Telluride Film Festival foi a primeira parada de clássicos do cinema como “Veludo Azul” e mais recentemente dos vencedores de Oscars como “O Discurso do Rei” e “Quem Quer Ser Um Milionário”. O diretor Marcelo Machado e as produtoras Denise Gomes e Paula Cosenza, presentes no evento, esperam que esta seja uma grande oportunidade para buscar os recursos faltantes à finalização do filme e consequente lançamento mundial do documentário.
O longa Tropicália faz parte da programação de documentários e terá sua primeira exibição no sábado, dia 3 (às 14h30) e domingo, dia 4 (às 21h30), no teatro The Backlot. Mais informações sobre a programação do Festival: http://www.telluridefilmfestival.org/news
O Filme:
Muito antes da chamada aldeia global existir e da internet se propagar pelo mundo, o Brasil já era global. País antropofágico pela própria natureza, em que o novo e o velho, o estrangeiro e o nativo, não só conviviam como eram misturados, assimilados e recriados a todo momento. Que terra é essa em que, em plenos anos 60, um canto de capoeira se fundia à força agressiva do rock n’ roll para entrar nos lares de milhares de famílias sob o nome de Domingo no Parque? Que nome dar a esta geleia geral? Tropicalismo!
Mas o que é Tropicalismo, afinal? É esta simples e complexa questão que o apresentador português faz a um exilado e melancólico Caetano Veloso logo no início do filme de Marcelo Machado. O diretor, que cresceu ouvindo as ousadias sonoras de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes e Tom Zé, que não entendia as letras em inglês mas adorava os arranjos de um tal de rock n roll, conduz o espectador por uma viagem de sons e imagens através da história de um dos mais emblemáticos movimentos culturais brasileiros.
Em um panorama afetivo construído com uma miscelânea de referências, entrevistas, pesquisas, imagens e, claro, canções, o espectador passeia pelos férteis, polêmicos e violentos anos de 1967, 1968, 1969.
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