Conexão Repórter denuncia fatos alarmantes sobre os bastidores das passarelas
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Foto: Roberto Nemanis/SBT |
No Conexão Repórter desta quinta-feira, 31 de
maio, Roberto Cabrini revela o documentário exclusivo "O outro lado da
passarela". Em uma investigação jornalística que durou cinco meses,
Cabrini revela os bastidores alarmantes do mundo das candidatas a
modelo, o lado pouco conhecido da mais desejada profissão para tantas
jovens brasileiras.
A
reportagem mostra, sem retoques, as armadilhas perigosas no caminho de
meninas que querem alcançar a fama e o reconhecimento: pressões
desumanas, tráficode influência, drogas e propostas indecentes como a de
se prostituir emtroca de um suposto lugar ao sol. "Há anos planejava
documentaro lado sujo deste glamour. São brasileiras que deixam suas
casas sonhando em se tornarem top models e acabam submetidas a situações
constrangedoras e indignas", conta o editor-chefe do Conexão Repórter, RobertoCabrini.
Com o conhecimento do Ministério Público, uma jornalista do programa se passou por candidata a modelo e se infiltrou nesse meio de agências, empresários, intermediários. São mais de 100 horas de gravações
e de encontros registrados com câmeras escondidas, percorrendo agências,
algumas sérias, outras não. A jornalista gravou encontros, seleções,
provas e todo tipode oferta. Um mundo onde se escondem aliciadores
inescrupulosos.
Exemplos de frases desses agentes documentadaspela investigação do Conexão Repórter:
- "Para ganhar dinheiro tem que sersafada".
-
"Eu só trabalho com fichas rosas (prostitutasde luxo) porque eu tenho
que ter a certeza de que se um cliente, um convidadomeu se interessar
por você, você vai sair com ele, entendeu? Não possodesapontar o meu
convidado. Os convidados dos nossos eventos são pessoasda classe AA,
pessoas da mídia como jogadores, repórteres, artistas. Nãosão o tipo de
pessoas que pagam para sair com mulher porque eles precisam.Eles pagam
porque eles querem".
- "Tem uma
modernidade que a gente chamano meio desse ramo de "Dança das Cadeiras".
O cara fica sentadoe você dança em cima dele. Em 30 minutos, você leva
R$ 800 reais".
A identidade da produtora-repórterque se passou como a candidata modelo é mantida em segredo.
Em uma entrevista que faz parte dodocumentário, ela relata suas experiências :
-
"O dinheiro vem muito fácil para quemquer ser "ficha rosa" (prostituta
de luxo). Eu tive exemplo demenina que pode tirar 3 mil reais em uma
semana".
- "A gente se sente como uma mercadoria,um produto".
- "Nas conversas, os caras perguntavamcomo era o meu quadril, meu rosto, a minha cintura".
O
programa é intercalado por entrevistasfeitas por Roberto Cabrini com
vítimas do lado obscuro da profissão demodelo. A reportagem registra os
convites para o chamado teste do sofá,sexo em troca de promessas de
sucesso.
E ainda: as dietas
mirabolantes e as cirurgiasplásticas. A obsessão pela magreza que pode
levar a casos extremos comoo da modelo Ana Carolina Réston. Nascida em
uma família de classe média,ela sonhava em ser modelo desde criança.
Morreu aos 21 anos, anoréxica,com 40 quilos. Roberto Cabrini mostra como
está a família, seis anos apósa tragédia.
"O Outro Lado da Passarela",nesta quinta, logo após "A Praça é Nossa", à 0h no SBT.
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