Em Guerra dos Sexos, Charlô e Otávio: a prova de que os opostos se atraem
Em ‘Guerra dos
Sexos’, os protagonistas comprovam a teoria de que os opostos se atraem.
Charlote II de Alcântara Pereira Barreto (Irene Ravache) ou Charlô, como
prefere ser chamada, é uma mulher de sessenta e poucos anos que deixa muita
mocinha no chinelo. Excelente piloto de carro, moto e avião, também atira como
ninguém, pratica aulas de paraquedismo e ainda tem tempo para safáris na
África, missões antropológicas pela selva amazônica, furtivos casamentos e
arrebatadoras aventuras amorosas. Ufa! Alegre e destemida, só perde o humor
quando um certo alguém a chama de Cumbuqueta. Mas Otávio II de Alcântara Rodrigues
e Silva (Tony Ramos) é assim mesmo. Bimbinho, como é apelidado em retaliação, é
sisudo, medroso, cheio de manias e hipocondríaco. De hábitos pouco saudáveis,
só se anima para proferir rebuscados e moralistas discursos sobre as maravilhas
de ter nascido homem. É homem de poucas mulheres, apesar de muitos desconfiarem
das misteriosas fugas na calada da noite.
![]() |
Foto: TV Globo/Raphael Dias |
Quem teria ganhado se
tivessem apostado que se reencontrariam no futuro? E, ainda por cima, em função
de uma herança milionária e uma condição surpreendente?! Os dois quase caíram
para trás quando o tabelião leu o testamento de Charlô I (Fernanda Montenegro)
e Otávio I (Paulo Autran), mortos de infarto duplo numa prolongada noite de
amor. Os tios homônimos deixaram para seus únicos descendentes a mansão onde
viviam e a rede de loja Charlô’s, sem direito a negociação de venda fora da
família. Teimosos e irredutíveis, preferiram dividir a mesma casa e a administração
das lojas a ter que ceder e vender seus exatos 50% para o outro.
Vamos apostar que São
Paulo nunca mais será a mesma depois desse reencontro?
‘Guerra dos
Sexos’ é uma obra de Silvio de Abreu, com direção de núcleo e geral de
Jorge Fernando e direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães.
Postar um comentário