segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

'Tendência é que comissão vote contra o impeachment', diz líder do PMDB Leonardo Picciani no É Notícia

Crédito/Foto: Reprodução/RedeTV!

Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados, afirma que "a tendência é que a comissão vote contra o processo de impeachment" da presidente Dilma Rousseff. "A base [governista] parece que terá a maioria na comissão", disse o parlamentar, durante o programa É Notícia, que vai ao ar de hoje (7) para amanhã, à 00h30, na RedeTV!. A Comissão Especial que vai dar parecer sobre o impeachment será composta por 65 parlamentares.


Eleito deputado pelo Rio de Janeiro, Picciani é o responsável por indicar os oito nomes do seu partido para a comissão que analisará o processo de impeachment aberto pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na última semana. Entre os peemedebistas que configurarão a comissão estão Washington Reis, Hildo Rocha e João Arruda. Na opinião de Picciani, os dois últimos têm perfis 'mais independentes'. Já Reis é considerado mais tendencioso a apoiar Dilma. As indicações, segundo ele, obedeceram critérios como "perfil moderado, com capacidades técnicas".
"Não tem nenhum radical abertamente a favor, nem abertamente contra o impeachment. A grande maioria [dos parlamentares] não declarou sua posição. Está se discutindo o destino do país. Não é possível acirrar ainda mais os ânimos", declarou. Para Picciani, é essencial uma composição da Câmara "com capacidade de diálogo". Questionado pela jornalista Amanda Klein sobre uma possível pressão no momento de indicar os nomes do PMDB, Picciani foi direto: "é natural o processo [de pressão]. Os próprios deputados argumentavam a seu favor. Mas somente oito deviam ser indicados e 58 têm que ficar de fora". De acordo com Leonardo Picciani, os oito peemedebistas da comissão "devem votar na mesma opção. [Devemos ter] uma posição fechada".
Questionado se houve uma espécie de chantagem de Eduardo Cunha na maneira como abriu o processo de impeachment, Picciani afirma que o parlamentar "agiu de acordo com suas atribuições. Na minha opinião, não há base legal". O líder do PMDB na Câmara analisou as chamadas 'pedaladas fiscais', usadas no texto de abertura do processo, e defendeu o governo ao dizer que "[o governo] usou uma espécie de cheque especial. [O caso] ainda não está julgado, o Congresso ainda não julgou. Há somente uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) [para rejeição das contas]. Ainda não houve recomendação sobre 2015. Não é possível afirmar que houve 'pedalada' em um ano que não acabou". "A Comissão Mista rejeita, estatisticamente, 90% das recomendações do TCU", completou.
Perguntado por Amanda Klein sobre uma possível convocação extraordinária dos trabalhos parlamentares para acelerar o processo de análise do impeachment, Picciani diz que "[o processo] tem que terminar rápido. É importante termos uma definição rápida. 'Esticar a corda' é pior para o país. Não tem porque enrolar".
Durante o processo eleitoral de 2014, Leonardo Picciani fez parte da ala peemedebista que apoiou a candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidência da República. Segundo o político, "[Aécio] tinha condição de ser presidente. Parecia que a alternância de poder faria bem ao país. O comportamento de Aécio e da oposição me fez mudar de opinião. Dilma venceu as eleições legitimamente". Para o deputado, há uma "busca incessante" da oposição para inviabilizar o governo" e existe um posicionamento de "quanto pior, melhor". "Isso não condiz com a minha posição", declarou.
Apresentado por Amanda Klein, o É Notícia vai ao ar de hoje (7) para amanhã, a partir da 00h30, na RedeTV!.

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