quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Curta! exibe último episódio da série ‘Pra Onde Corre O Rio’ nesta sexta

Divulgação
“Pra Onde Corre o Rio”, série inédita de Paula Fiuza, original no Curta!, chega ao oitavo e último episódio na Sexta da Sociedade, dia 14, revelando como o descaso público com o tratamento de esgoto e a especulação imobiliária prejudicaram a vida dos pescadores da colônia da Ilha Pura, que existe há mais de 50 anos na Lagoa de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O despejo irregular de dejetos atrapalha a qualidade e a quantidade do pescado, que agora se resume basicamente e tainhas, espécie mais resistente à poluição. Segundo os pescadores da região, as redes que antes capturavam várias espécies de peixes e crustáceos, agora só recolhem poucas tainhas, que são espécies mais resistentes.

Além deste grave cenário em Ilha Pura, o episódio também traz o depoimento do biólogo e militante ambiental há mais de 20 anos, Mario Moscatelli, que ao longo de toda a série apontou problemas e soluções para as questões ambientais dos rios, canais e lagoas do Rio de Janeiro. Ele relembra o começo da luta pessoal pela revitalização dos manguezais da cidade, especialmente o da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul.  “Eu produzia muda de mangue dentro de casa, dentro do meu apartamento. É um investimento de uma vida. Eu não gastei a minha vida. Eu investi uma vida”, pontua Moscatelli. Habituado a circular pela cidade, o biólogo compara a diferença de dimensão dada aos problemas ambientais da Lagoa Rodrigo de Freitas com a Lagoa de Jacarepaguá. “Enquanto a sociedade local na Baixada de Jacarepaguá não sinalizar que as a lagoas são importantes, o político, que é quem assina o cheque, não vai dar a menor atenção pra isso. E isso daqui - a Lagoa de Jacarepaguá – vai continuar essa poça rasa cheia de esgoto e lixo”, alerta. 
Ao longo de oito episódios, “Pra Onde Corre o Rio” desvendou os grandes problemas que, há décadas, afetam a natureza do Rio de Janeiro, como a poluição da Baía de Guanabara, dos rios e lagoas; a ocupação irregular de áreas preservadas; a falta de conservação nas áreas de mata; a falta de saneamento básico e as ações de impacto das indústrias poluentes. Uma viagem por terras e águas que há algum tempo já estiveram livres da poluição e da destruição ambiental.

SEXTA DA SOCIEDADE
Pra Onde Corre o Rio (Série) – Ep. “Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas - Morte e Vida de Duas Lagoas”
A colônia de pescadores da Ilha Pura, na beira da Lagoa de Jacarepaguá, é testemunha da degradação das águas que por mais de cem anos foram a fonte do seu sustento. Nem os peixes mais resistentes sobrevivem hoje à quantidade de esgoto despejada diariamente na lagoa. Além da morte dos peixes, os pescadores ainda lutam para não serem despejados pela Prefeitura. Segundo eles, a Odebrecht pretende transformar o lugar onde vivem há gerações em área de lazer para o condomínio da Vila dos Atletas. Do outro lado do túnel, na Zona Sul, a Lagoa Rodrigo de Freitas vive um processo de renascimento. Depois de amargar anos de descaso da Cedae e mortandades de peixes constantes, hoje a Lagoa é considerada quase uma Disneylândia ambiental pelo biólogo Mario Moscatelli, levando em conta o panorama caótico do Rio de Janeiro. A diferença entre as duas lagoas é apenas uma: a mobilização da sociedade. 
Diretora: Paula Fiuza 
Duração: 32 min.
Exibição: 14 de outubro, sexta-feira, às 20h
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 15 de outubro, sábado, à 0h; 22h;
Dia 17 de outubro, segunda-feira, às 14h

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