terça-feira, 2 de maio de 2017

Benedito Ruy Barbosa é o Persona Em Foco desta quarta-feira

Persona_Cristina Padiglione, Benedito Ruy Barbosa e José Armando Vannucci_foto Jair  Magri

O dramaturgo,  jornalista e publicitário Benedito Ruy Barbosa é o convidado do Persona em Foco desta quarta-feira (3/5). Participam como entrevistadores os jornalistas Cristina Padiglione e José Armando Vannucci.  O programa é exibido às 23h, na TV Cultura.


Aos 86 anos de vida e 57 de carreira, Benedito Ruy Barbosa contabiliza 62 trabalhos para televisão, cinema e teatro. Das mais de 34 novelas que criou e que fazem parte da história da dramaturgia nacional, o autor recorda Meu Pedacinho de ChãoO Rei do GadoCaboclaTerra NostraRenascerPantanalOs ImigrantesSimplesmente MariaAlmas de Ouro e Morro dos Ventos Uivantes.

No programa,  ele conta  como começou a carreira, quando chegou a São Paulo aos 17 anos para estudar, e logo foi contratado como revisor do jornal Estado S. Paulo. Graças a um artigo que escreveu – Vale a pena Viver – foi convidado a trabalhar no jornal Última Hora.

Nesta redação, esteve ao lado de grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Samuel Wainer, Joelmir Beting, Clóvis Rossi, além de Nelson Rodrigues, de quem lembra: “ele escrevia A Vida Como Ela É. Eu lia e dizia ‘esse cara é louco’. Mas, quando saia a publicação, era o jornal que mais vendia”.

Benedito explica como passou de repórter para dramaturgo com a peça Fogo Frio, que foi montada no teatro de Arena por Augusto Boal. “Nós ficamos dois anos em primeiro lugar na bolsa da Folha [Folha de S. Paulo]”. Ele conta que se tornou escritor de novelas quando trabalhava em agência de publicidade e, de editor de script se transformou em autor, escrevendo Somos Todos Irmãos, uma adaptação de A Vingança do Judeu, de J.W. Rochester: “foi um grande sucesso”.

O dramaturgo relembra sua contratação como assessor especial na TV Cultura, a qual resultou na produção de Meu Pedacinho de Chão, em 1971. Ele conta como conseguiu fechar parceira com a Rede Globo: “eu havia mandado uma carta para todas emissoras. O Boni me ligou, veio até a TV Cultura e mostrei os 10 primeiros capítulos, que não estavam editados. Ele ficou louco com as nossas externas e me perguntou ‘quanto vocês querem’? Eu disse 900 mil e ele respondeu ‘Tá. É minha, tá comprada’”.

Questionado sobre a chave do sucesso, Ruy Barbosa revela que ficaria rico se soubesse, mas tenta desvendar e faz uma comparação:  “Quando você está num grupo e tem um narrador contando algo, alguns você ouve por educação e outros porque você quer saber mais. Na novela é igual. Quando você começa a ler uma sinopse e quer saber o que vai acontecer, essa é a boa. Quando a novela é chata, você não consegue ler.  A simplicidade é o mais difícil de conseguir. Eu fico feliz quando chego numa casa que tem todas as mulheres assistindo minha novela”.

Esta edição do Persona Em Foco ainda conta com depoimentos de amigos e artistas, dentre eles Nívea Maria, Cristiana Oliveira, Rosamaria Murtinho e Antonio Fagundes.

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