Maestro Claudio Santoro é tema de documentário que estreia 8 de março
Johnnie Howard como é mais conhecido, porém, não se restringe ao perfil musical. Ele investiga outros aspectos da trajetória do personagem. Militante do Partido Comunista Brasileiro, Santoro foi irredutível quanto às suas posições políticas, o que o impossibilitou de alcançar, em vida, uma trajetória de maior sucesso no Brasil e até mesmo no exterior. Morou na Europa e passou por muitas dificuldades financeiras. Depois de oito anos exilado na Alemanha, em 1977, ainda em plena Ditadura Militar, recebeu convite do Governo Brasileiro para voltar ao País e escolheu Brasília como destino para continuar seu trabalho na UnB.
- Cada entrevista que fizemos para o filme despertava novos insights sobre o Claudio e sua obra, mas foi por meio das interpretações musicais que vimos a sua importância para a música erudita mundial – conta Szerman.
Com 88 minutos de duração, o documentário reúne depoimentos de familiares, amigos e especialistas que trazem à tona a história do início ao fim de vida do artista. A direção musical é do filho do maestro, Alessandro Santoro, pianista e cravista. São trechos de quatro sinfonias e diversas peças musicais interpretadas especialmente para o filme pelas orquestras: Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), Filarmônica de Minas Gerais e a Filarmônica Amazonas (OAF); a Camerata do Brasil e a Camerata Aberta, além de músicos em diversas formações: solo, duo, trio...
“SANTORO – O HOMEM E SUA MÚSICA” foi indicado para concorrer no 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2015, recebendo os prêmios Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal na categoria longa-metragem como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Trilha Sonora, além do prêmio Exibição TV Brasil e o prêmio Marco Antônio Guimarães como Melhor Pesquisa Cinematográfica do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro.
O documentário tem produção da daDA ’n Zen Produções, coprodução de Digitallcine Produções Cinematográficas, patrocínio do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, recursos do BRDE/FSA/ANCINE, apoio da Associação Cultural Claudio Santoro e Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Estado do Amazonas.
Sobre Santoro
Claudio Santoro foi o mais prolífico compositor brasileiro, experimentando uma variedade técnicas musicais, em número só comparável a Igor Stravinsky. O maestro regeu importantes orquestras em todo o mundo. A convite de Darcy Ribeiro, foi o responsável pela criação do Departamento de Música da Universidade de Brasília e ainda fundou a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que hoje leva o seu nome. Em 50 anos de carreira, sua obra foi estudada e analisada em mais de uma centena de publicações, entre livros, ensaios e teses. Suas composições foram gravadas por diferentes artistas, num acervo que reúne mais de 130 CDs e LPs.
Santoro ainda fez trilhas musicais para filmes, compôs a música do Hino do Estado do Amazonas - onde nasceu – e discos de histórias infantis, além de ter sido parceiro de Vinícius de Moraes em canções como “13 Poemas de Amor” e “A Música da Alma” tornando-se um precursor da bossa nova.
Trailer: http://bit.ly/2BNWIv3
Sinopse
Autor de mais de 600 obras em 50 anos de carreira como compositor de música erudita e eletrônica, Claudio Santoro é considerado um dos três mais importantes músicos eruditos do Brasil ao lado de Carlos Gomes e Villa-Lobos. Além de depoimento do próprio personagem principal através de material de arquivo, outros como os de familiares, biógrafos, amigos como Roberto e Sonia Salmeron, José Geraldo Sousa Júnior, Fernando Bicudo; músicos como Jocy de Oliveira, Ney Salgado, Alessandro Santoro; maestros Júlio Medaglia, Roberto Duarte, Claudio Cohen, Henrique Morelenbaum, Edino Krieger, Guilherme Vaz e Gerald Kegelmann e musicólogos como Lutero Rodrigues e Sérgio Nogueira Mendes, para citar apenas algumas personalidades. O documentário registrou quatro sinfonias e diversas peças musicais com as orquestras OSB - Orquestra Sinfônica Brasileira (RJ); OSTNCS - Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (DF); Filarmônica de Minas Gerais e a Filarmônica Amazonas; com a Camerata do Brasil (DF) e a Camerata Aberta (SP), além de músicos em diversas formações: solo, duo, trio e quarteto.
Ficha Técnica
Roteiro: John Howard Szerman e Alayde Sant’Anna
Produção, Direção e Direção de Fotografia: John Howard Szerman
Produção Executiva: Bismarque Villa Real e John Howard Szerman
Gravação das Músicas e Mixagem: Andres Artesi
Edição: Marisa Rabelo e Isabela Padilha
Edição Final: Juliana Corso
Colorização: Smyle Rodrigues
Sobre o diretor
Cineasta com Mestrado em Cinema e Televisão pelo The Royal College of Art em Londres, John Howard Szerman é inglês radicado no Brasil. Integrou as equipes de Jean-Luc Godard – como cameraman e editor - e de Glauber Rocha – como diretor de fotografia e cameraman de “A Idade da Terra”, trabalhou em direção de fotografia e câmera com alguns dos mais importantes diretores de fotografia do mundo: como assistente de câmera de Freddie Young (“Lawrence of Arábia”, “Dr. Jivago”); como codiretor de fotografia com Peter Biziou (“The Wall”, “Mississipi em Chamas”, “O Expresso da Meia-Noite”) e Ricardo Aronovich (“Providence”, “Missing”, “La Famille”). Em 1975, “Thus Spoke Zarathustra” foi o primeiro e mais importante filme de sua carreira. No total, dirigiu e produziu 41 filmes, fez o roteiro de sete longas-metragens e trabalhou em mais de 50 produções audiovisuais.
Recebeu prêmios no Brasil e no exterior pelo seu trabalho como roteirista, diretor e técnico pelo BFI-British Film Institute, prêmios KIKITO, SOL DE PRATA E CANDANGO, troféus da Câmara Legislativa do Distrito Federal de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Trilha Musical, além do Prêmio Marco Antônio Guimarães da Melhor Pesquisa Cinematográfica e o Prêmio Exibição TV Brasil.
SOBRE A DADA’N ZEN PRODUÇÕES
Com 27 anos de existência, a produtora vem atuando intensamente desde então na área de produção cultural e com produtos audiovisuais em particular. Produziu diversos filmes entre longas como “Terra e Democracia Especial” e “Santoro – O Homem e Sua Música”, curtas, clipes institucionais e publicitários, séries para a TV como o projeto “Cena Aberta” e o programa “Horizontes”, shows musicais internacionais com Betty Carter, Stanley Jordan, Stanley Clarke e O Mistério das Vozes Búlgaras e uma mostra sobre o Cinema Brasileiro que percorreu oito capitais brasileiras e Lisboa.
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