segunda-feira, 9 de abril de 2018

Anarquismo é tema de documentário inédito que estreia no Curta!

Cena do documentário “História do Anarquismo” - Divulgação

A origem, os ideais, os personagens e os desdobramentos de um dos principais movimentos sociais dos últimos dois séculos estão em destaque em “História do Anarquismo: sem deuses, sem mestres”, documentário inédito no Brasil que estreia com exclusividade na Sexta da Sociedade, 13, às 23h. A partir de depoimentos de especialistas e materiais de arquivo nunca antes exibidos, a produção destrincha a ideologia política que defende ausência total de qualquer forma de hierarquia e dominação.  “História do Anarquismo” será apresentada em duas partes e faz parte do pacote de conteúdos adquirido pelo Curta! do Arte France, tradicional canal público franco-alemão. 


Também na Sexta da Sociedade, 13, só que mais cedo, às 20h30, estreia na programação o documentário “Bahia de todos os santos”, de Maurice Capovilla. O filme surgiu a partir do livro homônimo de Jorge Amado, obra que retrata a Bahia e seus personagens em todas as suas nuances: do esplendor ao caos. Para tentar transpor em imagens esse cenário com a mesma intensidade, Maurice trouxe figuras baianas célebres e outras inusitadas, desde Gilberto Gil até o carnavalesco que anunciou o próprio suicídio em protesto contra o corte de verba do governo para seu carro alegórico. No livro “Maurice Capovilla - A imagem crítica”, o diretor relembra a reação de Jorge Amado ao ver seu filme: “Pronto, você refez meu livro! ”.

O cinema que revela o cotidiano e a política brasileira. Na Quarta de Cinema, 11, às 21h, o episódio inédito da série “A Linguagem do Cinema” traz a trajetória e olhar da cineasta Lúcia Murat, vencedora do prêmio de melhor direção no Festival do Rio de 2017 por seu longa “Praça Paris". Em seus filmes, Lúcia Murat registra as memórias e as lutas de sua geração, reprimida pela Ditadura Militar, e trata de questões políticas do Brasil e da América Latina.  Em “A Longa Viagem” (2011), por exemplo, filme vencedor do Festival de Gramado, eleito pelo júri, público e crítica, Lúcia Murat parte das memórias de sua juventude e a de seus dois irmãos na década de 1960 para abordar a questão da mulher na sociedade. Dirigida por Geraldo Sarno, “A Linguagem do Cinema” é uma coletânea de dez títulos que investiga o processo criativo de importantes realizadores e técnicos do cinema nacional, incluindo Cacá Diegues, Rosemberg Cariry Eryk Rocha, Cao Guimarães, Luiz Carlos Barreto, entre outros.

Ainda na Quarta de Cinema, só que mais cedo, às 20h, a faixa “A Vida é Curta!” apresenta uma dobradinha sinistra de filmes em que forças ocultas dominam a tela. Para começar, estreia “O Duplo”, obra de Juliana Rojas que recebeu, entre outros prêmios, menção especial no Festival de Cannes em 2012. No curta, Silvia é uma jovem professora que tem sua aula interrompida quando os alunos veem seu duplo pela janela. Ela tenta ignorar a aparição, mas o evento perturbador passa a impregnar seu cotidiano e alterar sua personalidade. “O Duplo” é baseado no mito nórdico do Doppelgänger, um ser fantástico que tem o dom de representar uma cópia idêntica a uma pessoa que ele escolhe ou que passa a acompanhar, assumindo o negativo da pessoa para tentar exercer sobre a mesma uma influência nefasta. Depois, é a vez de Vinil Verde, de Kleber Mendonça Filho. Na história, uma mãe dá à filha uma caixa com discos coloridos. O único que ela não consegue escutar é o verde.

A psicanalista Elisabeth Roudinesco fala sobre rebeldia e loucura no episódio inédito da série exclusiva “Pensamento Contemporâneo”, na quarta-feira, 11, às 19h30. Em “Pensamento Rebelde e Loucura”, o diretor Hermes Leal apresenta depoimentos de Roudinesco, do músico Fernando Chuí e do psiquiatra Hamer Palhares sobre seus respectivos estudos sobre os chamados "loucos e marginais", criticando a sociedade de controle e vigilância. O episódio parte da experiência dos anos 1960, que levou à invenção de uma cultura de libertação estética e moral em diferentes dimensões, tendo a experiência lisérgica como uma delas, sob o ponto de vista das ideias dos filósofos Michel Foucault e Gilles Deleuze.

A originalidade da guitarra brasileira é investigada e revelada no documentário musical “Sotaque Elétrico”, destaque da Segunda da Música, 9, às 20h30. Com pesquisa do músico e jornalista Leandro Souto Maior, o filme mostra como os ritmos nacionais influenciaram o estilo da guitarra elétrica brasileira nos mais diversos gêneros musicais, desde o pau elétrico de Dodô e Osmar - primeiro instrumento elétrico de corpo maciço fabricado no Brasil - até o som do guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, da Megadeth, uma das mais importantes bandas de heavy metal de todos os tempos. Dirigido por Caio Jobim e Pablo Francischelli e produzido pela Doblechapa Cinematografia, “Sotaque Elétrico” registra ainda um número musical concebido especialmente para o filme: uma versão instrumental da música "Meu maracatu pesa uma tonelada", apresentada pelo trio Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo) e Pupillo (bateria), do Nação Zumbi. O filme foi selecionado pelos festivais "In-Edit Brasil" e “Mimo” e teve financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (PRODAV 01/2013), da ANCINE.

Na Terça das Artes, 10, às 22h, o documentário “Tudo é projeto” revela a vida e a obra de um dos arquitetos mais respeitados do Brasil e do mundo, Paulo Mendes da Rocha. O longa-metragem parte do olhar e das entrevistas da filha, Joana Mendes da Rocha, que divide a direção do longa-metragem com Patricia Rubano, para apresentar as ideias e as opiniões, por vezes consideradas polêmicas, sobre urbanidade, natureza, humanidade, arte e técnica do profissional de quase 90 anos de idade. “Tudo é projeto” ganhou exibições em alguns dos principais festivais de cinema do Brasil e da Europa. O filme foi produzido com exclusividade para o Curta! pela Olé Produções com o apoio da CASA DA ARQUITECTURA, coprodução da Opa! e financiamento pelo Fundo Setorial do Audiovisual (PRODAV 06/2013).

Na Quinta do Pensamento, 12, às 22h40, o documentário “Quanto tempo o tempo tem” investiga as diferentes relações que as sociedades estabelecem com o tempo. A cineasta Adriana Dutra parte dos próprios conflitos para analisar as principais linhas da consciência humana sobre o assunto. Personalidades como a escritora e poeta Nélida Piñon, os jornalistas Arthur Dapieve e Arnaldo Jabor, a monja Coen Sensei, o sociólogo italiano Domenico De Masi, o filósofo francês André Comte-Sponville, e o físico, astrônomo e professor Marcelo Gleiser participam do longa-metragem e promovem uma reflexão sobre o tempo a partir de análises e comentários. O cineasta Walter Carvalho assina a fotografia de “Quanto tempo o tempo tem” ao lado de Bacco Andrade.

SEGUNDA DA MÚSICA
Sotaque Elétrico (Documentário)
Uma investigação musical sobre a natureza da guitarra brasileira que parte da chegada da viola de manchete no Recôncavo baiano, em meados do século 19, até os dias de hoje, passando pela revolução do pau elétrico de Dodô e Osmar no carnaval da Bahia, a energia do carimbó do Pará, as experimentações tropicalistas de Lanny Gordin, o baque dos tambores do maracatu pernambucano, o peso do Megadeth e a reconexão com as matrizes em linha direta com a música africana atual. Intrusa e estranha, a guitarra teve que se adaptar à cultura do ritmo, própria aos gêneros nativos, forjando uma identidade original muito além da tradição do rock´n´roll.  

Diretores: Caio Jobim e Pablo Francischelli 
Duração: 93 min.
Exibição: 09 de abril, segunda-feira, às 20h30.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 15 de abril, domingo, às 18h;


TERÇA DAS ARTES
Tudo é Projeto (Documentário)
Documentário sobre a vida e obra do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, contada por ele em entrevistas para sua filha. Com mais de 80 anos de idade, Paulo Mendes é hoje um dos mais importantes e renomados arquitetos no mundo, porém, acima de tudo um pensador cujas ideias e opiniões polêmicas sobre urbanidade, natureza, humanidade, arte e técnica merecem ser ouvidas. Em um constante diálogo entre entrevistado/pai e entrevistadora/filha, Joana é o fio condutor do filme. Como em todas as relações pessoais, principalmente entre pais e filhos, o fio que conduz é também o que é conduzido. 

Diretor: Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano
Duração: 74 min
Exibição: 10 de abril, terça-feira, às 22h.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 14 de abril, sábado, às 11h30;
Dia 15 de abril, domingo, às 22h30;


QUARTA DE CINEMA
Mobilis (Série) – Transporte Ativo
Todo deslocamento de pessoas movido com a força do próprio corpo é chamado de transporte ativo. Segundo especialistas, as cidades bem-sucedidas do futuro serão as que souberem integrar o transporte ao desenvolvimento urbano, dando prioridade às pessoas. Será que nossas cidades cuidam bem das pessoas?

Diretor: Tide Gugliano
Duração: 26 min
Estreia: 11 de abril, quarta-feira, às 19h.
Classificação: 14 anos.
Horários alternativos:
Dia 14 de abril, sábado, às 18h10;
Dia 15 de abril, domingo, às 3h;


Produções sobrenaturais serão exibidas no “A Vida é Curta!”, com estreia de "O Duplo"
A faixa “A Vida é Curta!” exibe, nessa semana, filmes com a temática sobrenatural: “O Duplo” e “Vinil Verde”. Estreando no canal, o curta “O Duplo”, de Juliana Rojas, exibe a trajetória de Silvia, uma jovem professora que, certo dia, vê sua aula interrompida quando os alunos veem seu duplo pela janela. Ela tenta ignorar a aparição, mas o evento perturbador passa a impregnar seu cotidiano e alterar sua personalidade. Na sequência, no curta “Vinil Verde” de Kleber Mendonça Filho, uma mãe dá à filha uma caixa com discos coloridos e o único que ela não consegue escutar é o verde.

Exibição: 11 de abril, quarta-feira, às 20h.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 14 de abril, sábado, às 14h45;
Dia 15 de abril, domingo, às 2h30;


A Linguagem do Cinema (Série) – Lúcia Murat
Diretora e roteirista com trajetória internacional. Sua carreira é atrelada à questão pessoal e política brasileira, seus filmes são uma espécie de biografia de sua geração com viés de esquerda e tratam, em geral, da questão da superação. Ela preocupa-se com a transformação da América Latina como aparece em Pequeno Exército Louco (1984), filme sobre a guerra civil na Nicarágua e a presença norte-americana no país. Ela também aborda a questão da mulher, toda sua obra é filtrada do ponto de vista feminino e com uma dimensão estritamente pessoal, o que aparece em A Longa Viagem (2011), filme sobre sua juventude e a de seus dois irmãos na década de 1960. O filme foi o grande vencedor do Festival de Gramado, eleito pelo júri, público e crítica. Seu último longa de ficção, A Memória Que Me Contam (2012), foi eleito pela FIPRESCI como melhor filme do Festival Internacional de Moscou de 2013. Seus filmes já foram exibidos nos principais festivais internacionais e ela já recebeu prêmios no Festival de Brasília, Festival de Mar Del Plata, entre outros. 

Diretor: Geraldo Sarno
Duração: 50 min
Estreia: 11 de abril, quinta-feira, às 21h.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 14 de abril, sábado, às 19h;
Dia 15 de abril, domingo, às 4h10;
Dia 16 de abril, segunda-feira, às 1h;


Pensamento Contemporâneo (Série) - Pensamento Rebelde e Loucura 
O documentário mostra como a experiência dos anos 1960 levou à invenção de uma cultura de libertação estética e moral em diferentes dimensões, tendo a experiência lisérgica como uma delas, sob o ponto de vista das ideias dos filósofos Michel Foucault e Gilles Deleuze. A psicanalista Elisabeth Roudinesco, o músico Fernando Chuí e o psiquiatra Hamer Palhares mostram como esses filósofos se voltaram à recusa de toda forma de normalização do homem e da existência, estudando os loucos e os marginais, criticando a sociedade de controle e vigilância. 

Diretor: Hermes Leal
Duração: 27 min
Exibição: 11 de abril, quinta-feira, às 19h30.
Classificação: 14 anos.
Horários alternativos:
Dia 15 de abril, domingo, às 16h;


QUINTA DO PENSAMENTO
Quanto Tempo o Tempo Tem (Documentário)
Vivemos um tempo diferente. Corremos sempre, corremos sem motivo, corremos por nada. Como se o tempo tivesse ficado mais rápido. Tudo sugere velocidade, urgência, nossas vidas estão sempre atadas ao dever de alguma tarefa. Mas afinal de contas, por que o tempo parece tão curto? As novas tecnologias e a globalização promovem a produção constante, crescente e simultânea de conteúdo e informação. O compartilhamento da privacidade por meio de redes sociais sugere a perda da mesma. Presos em celulares, computadores, facebooks, twitters, conference calls, nossa identidade se multiplica e nos fazemos presentes em todos os lugares ao mesmo tempo. O simples ato de contemplar perdeu-se diante da imensa quantidade de estímulos oferecidos. O documentário parte do conflito da diretora acerca da questão do tempo. Ela que vive correndo contra o tempo com uma rotina intensa de compromissos, agora vive um grande desafio: encontrar mais tempo para realizar este documentário. Quanto tempo o tempo tem investiga as principais linhas de nossa consciência sobre o tempo e os personagens entrevistados fazem uma profunda reflexão sobre a civilização e o futuro do tempo da existência humana. 

Diretora: Adriana L. Dutra 
Duração: 76 min
Exibição: 12 de abril, quinta-feira, às 22h40.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 14 de março, sábado, às 10h;
Dia 15 de março, domingo, às 21h;


SEXTA DA SOCIEDADE
Bahia de Todos os Santos (Documentário)
Documentário sobre a cidade de salvador a partir das semanas do carnaval de 1974. Baseado no livro homônimo de Jorge Amado. 

Diretor: Maurice Capovilla 
Duração: 50 min    
Estreia: 13 de abril, sexta-feira, às 20h30.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 14 de abril, sábado, às 00h30 e às 7h15;
Dia 15 de abril, domingo, 18h;


História do Anarquismo: sem deuses, sem mestres - Episódio 1840 - 1906: A Paixão por Destruição (Documentário)
Voltando aos principais acontecimentos dos últimos dois séculos da História Social, essa série de três documentários revela, pela primeira vez, as origens e o destino da ideologia política que tem lutado contra todos os deuses e mestres há mais de 150 anos. A partir de materiais de arquivo nunca antes vistos e outros esquecidos, além de vasta documentação, a série reconta a história desse movimento que, de Paris a Nova Iorque, e de Tóquio a Buenos Aires, tem tentado mudar o mundo com seus ideais de liberdade e revolta.

Diretora: Tancrède Ramonet 
Duração: 52 min
Estreia: 13 de abril, sexta-feira, às 23h
Classificação: Livre
PROMO:  


Sobre o Curta
Dedicado às artes, cultura e humanidades, o Curta! é um canal independente que acolhe a experimentação e se orgulha de ser um parceiro dos realizadores, artistas, criadores e produtores independentes. Com o compromisso de transmitir 12 horas por dia de programação nacional independente, os principais segmentos temáticos da programação são música, dança, teatro, artes visuais, meta-cinema, filosofia, literatura, história-política e sociedade.

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