Mãe de Marielle Franco fala da vida sem a filha em entrevista exclusiva à TV Aparecida
A entrevista, que vai ao ar no canal católico no dia 11 de maio, às 10h, discorre sobre a vida da família antes e após a morte de Marielle. Católica devota, Marinete, cuja mãe teve 11 filhos, é paraibana e advogada. Sentada com Maria Cândida num banco da igreja, Marinete se manteve forte o tempo todo. Não chorou. Respondeu com tranquilidade às perguntas voltadas à maternidade, lembranças, a luta da filha, sua dor e fé, bem como a ligação que recebeu do Papa Francisco.
Ainda durante a conversa, Marinete se emocionou com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que recebeu do Santuário Nacional e da TV Aparecida, pelas mãos de Maria Cândida.
A gravação aconteceu na igreja Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro de Bonsucesso, região Norte do Rio de Janeiro. A igreja foi escolhida por ser especial para a família, que é católica.
Sobre o episódio do assassinato da filha Marielle, revelou o que a fez ficar de pé: “Se não fosse a fé, todo esse amparo que Maria [mãe de Jesus] tem nos dado, que eu estou sendo carregada por Ela..."
A advogada falou ainda do trabalho social que a filha realizou: "Marielle dava muito orgulho pra gente porque a função dela, todo o projeto que fez, foi em benefício do próximo".
Momentos familiares com a filha também foram lembrados na entrevista: os 15 anos, sua atuação e vivência na Igreja e na luta pelo bem e o nascimento da neta Luyara, sobre a qual falou com carinho: "Ela está bem, na medida do possível. Eu ganhei uma filha de 19 anos".
Num dos poucos momentos da conversa em que Marinete sorriu foi quando questionada sobre o telefonema do Papa Francisco. Ela contou ter recebido a ligação no dia da Missa de 7º Dia da filha. O Papa, segundo contou, disse que estava solidário e iria rezar muito pela família e por ela.
Por fim, a mãe da vereadora, cujos assassinos ainda não foram encontrados, deixou uma mensagem para as mães - principalmente àquelas que sofrem a perda dos filhos de forma trágica - não perderem a esperança por Justiça.
"... Fizeram com a minha filha, estão fazendo com outros filhos, principalmente aqui no Rio de Janeiro, que a gente está vivendo uma situação bem complicada, pra não perder a esperança. Aquele negócio: Deus dá, Deus tira. Não! Deus não queria, mas, infelizmente, o nosso Deus passa pelo nosso humano. É a humanidade que nos ceifa, que nos dá esse tipo de dor, para mim, para outros. Em nenhum momento podemos imaginar que isso acaba aqui!”, concluiu.
Por fim, a mãe da vereadora, cujos assassinos ainda não foram encontrados, deixou uma mensagem para as mães - principalmente àquelas que sofrem a perda dos filhos de forma trágica - não perderem a esperança por Justiça.
"... Fizeram com a minha filha, estão fazendo com outros filhos, principalmente aqui no Rio de Janeiro, que a gente está vivendo uma situação bem complicada, pra não perder a esperança. Aquele negócio: Deus dá, Deus tira. Não! Deus não queria, mas, infelizmente, o nosso Deus passa pelo nosso humano. É a humanidade que nos ceifa, que nos dá esse tipo de dor, para mim, para outros. Em nenhum momento podemos imaginar que isso acaba aqui!”, concluiu.
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