TV Aparecida exibe 2ª parte da série sobre a seca no Semiárido brasileiro
"Convivendo com o Semiárido", segunda parte do especial, mostra as dificuldades da seca no dia a dia de moradores das cidades de Palmeira dos Índios, em Alagoas, Pesqueira, na Paraíba e Mata Grande, em Alagoas. Segundo relatos, são anos de seca que se alternam a outros poucos de escassas chuvas, quando as pessoas conseguem plantar apenas para a própria sobrevivência.
A reportagem aborda ainda o papel da Igreja Católica naquele ambiente tão inóspito. Segundo Dom José Luiz Ferreira Salles, Bispo da Diocese de Pesqueira (PB), é uma realidade que desafia a ação evangelizadora. “Andando por esses lugares, nesta minha vida de missionário, já vi muitas vezes o povo na igreja e aí chega o caminhão pipa e todo mundo sai para buscar água. Então, isso faz parte da nossa ação evangelizadora, de lembrar e pensar no sofrimento de tantas pessoas.”
O programa enfatiza que negar o acesso à água potável é negar um direito essencial. Rita de Assis Costa, voluntária da Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios, revela ter casos de pessoas que morrem de sede e muitos ficam sem poder tomar banho por vários dias.
Manoel Euclides dos Santos, coordenador do Programa de Cisternas, denuncia que a política do carro pipa ainda gera muito voto para os políticos locais, que dão água com recurso público, mas como se estivesse fazendo um favor à população.
Charles André Bezerra Silva, presidente da Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios, fala da péssima qualidade da pouca água existente para consumo: “Em certas regiões que a gente acompanha, às vezes, a água é impossível de ser consumida, não tem água perto e é preciso andar quilômetros de distância”.
A produção cita a barragem Pão de Açúcar, responsável pelo abastecimento da região, com 55 milhões de metros cúbicos e está funcionando com apenas 1% da capacidade. Por essa razão, a questão da água é uma preocupação que precisa ser debatida. E a busca por novas fontes de água é uma constante para garantir o abastecimento de forma contínua.
Arquivo A, quinta-feira, às 21h.
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