Persona estreia temporada de inéditos neste domingo
Em entrevista, Gerald fala sobre alguns autores que, especialmente, influenciaram suas obras como Gianbattista Vico e Giordano Bruno, por causa de religião e política. “Tem a ver com o passado da minha família que terminou em um campo de concentração, perseguição religiosa e racial”, comenta.
A primeira manifestação artística de Thomas foi a pintura. “Minha mãe dizia que eu tinha um gênio da pintura na barriga. Pintura me encantava, era tudo o que eu queria ser”, diz o diretor, que foi ilustrador no New York Times e pinta e desenha compulsivamente até hoje. Seus desenhos são sempre permeados de muita angústia como peixes afogados e homens amarrados. “Quando você cresce ouvindo sobre mortes com gás, tiros, no café da manhã, almoço e jantar, algum resquício vai ter”, explica.
O dramaturgo conta como o teatro entrou em sua vida, como foi parar na produção da peça O Balcão, de 1963, e de que forma sentiu que essa ia ser a sua arte. “Eu ouvia o Hélio Oiticica falar de Jean Genet, ele era o herói dessa geração. E uma certa hora ficou conhecido no meio artístico em geral que teria uma montagem maravilhosa do Genet aqui em São Paulo. Eu estava no Rio de Janeiro e vim para São Paulo, acompanhei os 20 dias de reta final dos ensaios e quando estreou eu pensei: é isso, é claro que é isso”.
A edição traz ainda depoimentos de artistas que fizeram parte da trajetória de Thomas como Ney Latorraca, Bete Coelho, Ana Kfouri, Danilo Santos de Miranda e Edi Botelho.
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