quarta-feira, 9 de maio de 2018

Maria Cândida fala da emoção do encontro com mãe de Marielle Franco

Divulgação TV Aparecida

O interior de uma igreja católica, no Rio de Janeiro, foi cenário da comovente entrevista de Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, vereadora do PSOL morta a tiros no Rio de Janeiro.  A conversa com a apresentadora Maria Cândida, que vai ao ar nesta sexta-feira (11), às 10h, no programa Manhã Leve, da TV Aparecida discorre sobre a dor, a fé e a força de uma mãe que perdeu a filha de forma tão violenta.


Católica praticante, Marinete, cuja mãe teve 11 filhos, é paraibana e advogada. Sentada com Maria Cândida num banco da igreja, ela se manteve forte o tempo todo, o que emocionou bastante Maria Cândida, que buscou amparo nas mãos da entrevistada.

“Durante toda a entrevista ficamos de mãos dadas. Conheci a mãe da vereadora assassinada Marielle Franco por causa de Nossa Senhora. Dona Marinete da Silva só aceitou falar comigo, porque era uma entrevista para a TV Aparecida”, conta a apresentadora  do  Manhã Leve.

A gravação aconteceu na igreja Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro de Bonsucesso, região Norte do Rio de Janeiro. O lugar, além de ter sido escolhido por ser especial para a família, que é católica, também faz dona Marinete sentir-se mais segura  e fortalecida.

Diante de uma mulher que passou por tamanha barbaridade, Maria Cândida diz não conseguir imaginar sua dor como mãe: “Meu coração estava aberto, com dor e muita gratidão por ter a oportunidade de ser recebida por essa mãe. Dizem que a pior dor que uma mãe pode passar na vida é a da perda de um filho. Só de imaginar, ao pensar na minha única filha, chego a enlouquecer. E se acrescentarmos mais uma pitada de dor? Um filho assassinado. E se piorarmos,  mais ainda? Com um assassinato à queima roupa, planejado. Por mais que tente entender a dor que uma mãe possa sentir, nunca, mas nunca terei  ideia. Foi assim confusa, que encontrei a dona Marinete, por cerca de 50 minutos, em uma igreja”.

Ao longo da entrevista, a mãe da vereadora morta não evitou nenhum tema:  “Falamos da execução, do dia anterior, da festa de 15 anos da filha, do casamento com o primeiro marido, da neta, da família, do pai, das ideias da Marielle, de Nossa Senhora, do Brasil, da repercussão fora daqui, da vida pra frente”.

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